Decididos a pedir demissão do Estado, os cirurgiões do HGE se organizam para formar uma cooperativa para prestar serviços à rede pública estadual com melhores condições de remuneração. Eles seguem os passos dos anestesistas e neurocirurgiões. O Sinmed não se envolve, pois entende que eles têm o direito de buscar melhorias da forma que achar mais promissora. É uma questão de sobrevivência. Formar cooperativa é legal.
Porém, o Sindicato condena a ilegalidade de certos tipos de contratação que o Estado promove. Substituir servidores efetivos por cooperativas é ilegal. A Constituição Federal determina que servidor público deve ser concursado e não admite terceirização. O governo alagoano é acostumado a ignorar as leis – mesmo a lei maior, a Constituição da República. Não faz concurso, contrata prestadores de serviços, entrega hospitais públicos para serem “administrados” por Organizações Sociais (OSs), pratica todo tipo de ilegalidade. Impunemente. Até quando?
Caso os cirurgiões levem adiante o projeto da demissão e formação de cooperativa, as distorções salariais que existem hoje na rede estadual vão aumentar. Eles vão ganhar mais para exercer atividades da mesma natureza dos colegas que continuarem como servidores efetivos. O PCCV que o Sinmed quer ver implantado deve beneficiar o conjunto dos médicos efetivos da rede estadual, sem distorções de qualquer natureza. Essa é a luta da categoria.