Não é necessário ser conhecedor das profundidades filosóficas das Ciências Humanas para perceber o quanto é importante para o equilíbrio psicológico de um povo, confiar nas instituições que supostamente lhe tutela os direitos.
Não é sem efeito que elegemos a democracia como a condição menos ruim para esse momento histórico, enquanto a superação, o aprimoramento, não se faz. Contudo, a democracia está prostituída!
A confusão permitida pelos argumentos do Direito não permite mais certeza sobre o direito de ser algoz e a infelicidade de ser vítima, na busca da reparação do dano social. Qualquer intenção de justiça é confundida e muitas vezes desvirtuada pelos argumentos legalistas.
As instituições falharam desmesuradamente! Quando não dão respostas plausíveis as dão emboladas, agradando mais ao diabo!
Há uma mistura de legitimidade, poder e intencionalidades iníquas grassando impunemente pelos corredores das cortes. A vaidade dos seus membros insufla a pouca sabedoria das suas escolhas. Agravando o mal social, condenam seus descendentes a beberem da mesma fonte envenenada pelo pensamento limitado da vitória imediata. A continuidade do fracasso social e coletivo tornaram-se o legado histórico aqui acumulado pelas elites e emergentes ávidos de poder de decisão, a história de Alagoas envergonhará aqueles que resguardarem o bom caráter, quando vista desse ângulo institucional.
Como recompensa pela dor amargada na soleira dos desenganos, o povo será a categoria mais isenta dessa culpa. O que se poderá cobrar de quem vive séculos de despossessão ostensiva? Alagoano pobre desde já recebe o perdão histórico, seu viver é redenção!
Os ilustres institucionais, porém, de estômagos saciados e acessos permitidos, desde agora estampam a incompetência, pequenez e responsabilidades pelas omissões.
A morte das instituições é a morte simbólica das reações do povo! Não haverá mais quem clame porque não há quem lhes ouça o clamor! No entanto, são bem pagos, e com dinheiro público em terra de miserabilidade, cada um dos servidores dessa sociedade.
Quando querem convencer a si mesmos promovem a troca de medalhas e regam as conversas fúteis com bebidas caras. Suas caras são por todos conhecidas, envilecidas pelas mentiras que estampam.
Enquanto isso a cara desse povo alagoano está cada vez mais abatida. Cada final de semana contempla o desespero de uma nova família, reforçando a tese por nós defendida de que se não há reação você poderá ser a próxima vítima.
Não queremos outro poder, senão o de viver em condições dignas em Alagoas. Utopia?
http://blogdeanaclaudia.zip.net/arch2011-04-17_2011-04-23.html#2011_04-22_23_11_04-121333677-0 em 22/04/2011
Leia também: