O Sinmed entende que o MPF/AL está cumprindo seu papel ao cobrar a carga horária semanal de 40 horas no PSF e pressionar as prefeituras para que as equipes funcionem em horário integral. É legal a assinatura de TACs entre o MPF e as prefeituras, mas isso não vai fazer com que os médicos sejam obrigados a permanecer nos municípios, atuando nas equipes do PSF, caso a remuneração não seja compatível com a carga horária.
Os médicos entraram em greve porque as secretarias municipais de saúde passaram a exigir as 40 horas, mas não entraram em acordo sobre reajuste salarial. Os médicos não têm disponibilidade de tempo para trabalhar as 40 horas, porque precisam de outros empregos para complementar a renda.
“Se as prefeituras pagarem um salário compatível com as 40 horas, os médicos poderão ficar trabalhando apenas no PSF durante a semana, dispensando outros empregos. O que não dá é para cumprir essa carga horária, com o salário que as prefeituras pagam atualmente. O MPF está cumprindo o seu papel, mas o Sinmed também tem o dever de defender a categoria e cobrar salários decentes”, afirma o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, que tenta negociar com os gestores a melhoria da remuneração dos médicos do programa.