Recomendações para quem vai pegar vôo : DOUTOR, POSSO VIAJAR DE AVIÃO?

Avião


Conselho de Medicina faz recomendações que pacientes devem seguir antes de embarcar em vôos



O Conselho Federal de Medicina lançou no começo de agosto uma cartilha com recomendações a pessoas com problemas de saúde que querem viajar de avião. O documento "Doutor, Posso Viajar de Avião?" será distribuído a entidades médicas, escolas de medicina e empresas de aviação. A cartilha diz que não é recomendado que pacientes com pneumonia e sinusite ativa voem, condições que podem se agravar durante o voo e, no caso da pneumonia, gerar a disseminação da doença entre os outros passageiros.

No caso da sinusite, o problema fica mais severo durante o pouso e despressurização da cabine, podendo causar enxaqueca severa, dor facial e sangramento nasal. Os pacientes com problemas de coração devem ser orientados por seus médicos a adiar a viagem durante o período de estabilização e recuperação. Quem teve infarto não complicado deve esperar de duas a três semanas após o episódio para viajar. No caso de infarto complicado, o adiamento deve ser de seis semanas, e quem tem angina instável não deve voar.

Aos hipertensos o alerta é que o estresse do ambiente de voo pode descompensar a pressão. Por isso, recomenda-se que esses pacientes só viagem quando estiverem com a pressão estável e que cumpram rigorosamente o horário de ingestão de medicamentos. Além disso, não devem ingerir bebidas alcoólicas nem café antes ou durante o voo. Uma dieta com pouco sal deve ser encomendada com antecedência, em casos de voos que servem alimentação. Caso o paciente tenha passado por uma crise de pressão alta, o ideal é que aguarde pelo menos três dias antes de viajar.

A cartilha também diz que mulheres grávidas só devem viajar depois de consultarem seus médicos. Aquelas que apresentarem dores ou sangramento não devem viajar. Além disso, viagens longas não devem ser realizadas por gestantes de gêmeos ou mais filhos ou que estejam com atividade uterina aumentada ou tenham tido partos anteriores prematuros. A partir da 36ª semana a gestante só pode viajar com uma declaração de seu médico, e da em diante, apenas com a presença do médico.

Quem acabou de submeter-se a uma cirurgia pode fazer uma viagem de avião? E o paciente que teve um infarto recente? O Conselho Federal de Medicina (CFM) relançou ontem uma cartilha que responde a essas e a mais uma série de perguntas de pacientes. O documento, destinado também a médicos e tripulantes, foi preparado em parceria com a Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e estará disponível no site do CFM (www.portaldomedico.org.br).LINK

Médicos, empresas de aviação e escolas de medicina também receberão o manual. O documento foi lançado durante encontro feito pelo CFM para discutir a Medicina Aeroespacial. Uma das falhas apontadas pelos profissionais é a falta de dados estatísticos confiáveis sobre emergências médicas realizadas em voo.

Aos pacientes com pneumonia e tuberculose, por exemplo, o documento desaconselha a viagem de avião, pois o voo pode aumentar o risco de agravamento dos sintomas. Pessoas com problemas cardiovasculares também têm de ficar atentas. Dependendo da doença, há uma recomendação a ser seguida. Quem teve infarto tem de aguardar entre duas e seis semanas para embarcar em um avião. Quanto mais grave o infarto maior é o período de restrição às viagens.

Já pessoas com marcapassos podem embarcar sem nenhuma restrição. O documento traz ainda recomendações para gestantes, pessoas que tiveram um acidente vascular cerebral, pacientes com traumatismo, crianças e aqueles com transtornos psiquiátricos.

Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.