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Não estamos abertos ao diálogo nem dispostos a tal

(*) RAILTON TEIXEIRA


A discussão em torno da união homoafetiva tem ganhado lugar de destaque na mídia e principalmente alguns meios, digamos de passagem que conservadores e homofóbicos, não aceitam o fato do reconhecimento da união estável e em muitos dos casos sustentam os seus discursos “criminosos” usando o nome de
Deus.


Temos duas razões, dois motivos distintos que nos remete a uma compreensão em torno da problemática do tema.


Primeiro se trata do âmbito religioso, que sataniza e leva o assunto para o lado espiritual, como se fosse uma coisa do diabo e até mesmo a discussão vai de encontro aos princípios que são pregados, uma vez que o seu próprio seio é arraigado de escândalos e ainda predomina muitos casos que chocam a sociedade.
E, segundo, pelo simples fato de que a nossa sociedade ainda não está preparada para discutir temas como a união estável e, abrindo um parêntese, muito menos para aceitar a legalização da maconha.


Não fomos educados para aceitarmos a diferença, pois ela nos incomoda e nos causa um estranhamento, principalmente discutir temas como este que ao longo dos anos foi tratado como pecado, entre outras nomenclaturas.


Homossexuais que são excluídos pelo mesmo povo, aliás pelos seguidores daquele que foi crucificado pelas indiferenças. Pela jogatina política que ocasionou a sua morte e que segundo a tradição cristã acolheu a todos e fez das diferenças um ponto de encontro com o Criador.


Quando não, encontramos aqueles que se dizem representantes do povo defenderem apenas os seus ideais e aquilo que melhor lhes convém. Não encontramos um meio para o diálogo, onde em muitos dos casos ficamos privados de expressar as nossas opiniões.


As diferenças deveriam ser respeitadas. O povo deveria ser ouvido e as famílias, hétero ou homo que vão se constituindo, deveriam ser preservadas.
O diálogo e convivência com as diferenças é que fazem do nosso País o mais rico. E da nossa cultura, a mais invejada. Mas infelizmente presenciamos uma sociedade que não aceita o outro e não se mostra aberta para ao menos se esclarecer.
Em muitas das vezes somos apenas reprodutores de uma opinião vazia e que não tem nada a acrescentar.


Permitindo que pessoas se expressem e digam que o homossexualismo é a mesma coisa que pedofilia e que o usuário de drogas é assassino, ladrão.
Esquecemos-nos que quando bebemos ao menos um copo de cerveja também estamos usando uma droga, não quero aqui fazer apologia, mas defender o diálogo.


(*) É jornalista.http://reporteralagoas.com.br/

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