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Sobre o pântano brilha a luz


Há exatos 4 anos o testemunho do menino Taine começou, na cidade de Matriz de Camaragibe, resvalando pelas beiradas de diversas instituições alagoanas, no depreciar da lei e da justiça que esboçaram.

Foi em 30 de agosto de 2007 que ele aos 12 anos de idade, foi torturado! Ainda há quem procure saber as causas no intuito de julgar o mérito, revelando nosso despreparo para a vida civilizada! Torturar uma criança, já é por si, um ato vil, independe da causa!

Contudo, registro hoje a data infame, não como uma tendência masoquista de buscar o sofrimento, mas como uma atitude cidadã, marcadamente comprometida com a sociedade justa e igualitária que em discursos a tantos encanta.

Aponto, pelos descaminhos dessa história de sofrimento e luta por justiça, que Alagoas não sabe o que é isso!

Foi mais fácil acusar e condenar a vítima, do que punir os culpados! Foi muito mais fácil fazê-lo arrastar o trauma até o último momento, do que manifestar uma única atitude decente, que lhe falasse de reparos ao dano sofrido, que lhe resgatasse a estima e a identidade de pertença a uma sociedade de direitos.

Sua morte traumática e mal explicada se derrama em culpa sobre muitas mãos! A justiça alagoana não pagou o que deve a Alexystaine Laurindo! Seus algozes continuam gozando o trono da impunidade e sua juventude destroçada simboliza a iniqüidade que gruda ao símbolo de uma balança infiel, que pende sempre para o lado do poder.

Desde o princípio estive ao seu lado, filho! Jamais te deixarei. Todas as denúncias saíram das nossas bocas, em conjunto, como um coro de dor e força...seguiremos em proximidade pelo imenso amor que jamais se esgota, e se a justiça da terra não se faz valer, creia na fidelidade do Deus que nos criou para a vida plena!

Somos apenas mais uma família, entre tantas que padecem a dilaceração de ter que passar pela prova da perda aparente, entre os algozes fantasiados de autoridade, contudo, assim como a misericórdia de Deus socorreu os seguidores de Jesus pela vitória da eternidade sobre as autoridades vingadoras e sanguinárias de outrora, também nós somos hoje os seus prediletos! Essa mesma misericórdia te envolve e protege, onde estás eles não te alcançarão, enquanto fogem da própria consciência culpada.

Se ainda não canto com os pássaros a chegada da primavera, é porque tua ausência dói como um espinho cravado no peito! Mesmo assim, amado, a esperança comanda o leme da história, e aquele dia supremo de felicidade em honra dos injustiçados há vir.

Por enquanto sonhamos com ele por sobre os escombros do pesadelo. A luz que ora vislumbras, ainda não alcançou a sociedade terrena. Pede a Deus por nós! 

Blog da Ana Cláudia -http://blogdeanaclaudia.zip.net/arch2011-08-28_2011-09-03.html#2011_08-30_09_23_38-121333677-0

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