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Dia de caos nas Alagoas :Tudo como dantes no quartel d’Abrantes

O Passado já é o presente caótico dos Alagoanos!

A PM derruba o governador e deixa a dúvida: 
por que o Estado piora cada vez mais? 

Manoel Fernandes, de Maceió, e Laura Capriglione 


Maceió acordou aos gritos de "Ah! Eu tô com fome!" na quinta-feira passada, quando 7.000 policiais militares e civis, apoiados por professores, trabalhadores sem-terra, médicos e funcionários públicos em geral, em passeata, se dirigiram à Praça Dom Pedro II, no centro da capital alagoana. Os manifestantes exigiam o simultaneamente correto e impossível: que a Assembléia Legislativa, manietada por Divaldo Suruagy e reunida naquele momento, votasse pelo impeachment do governador. Queriam a cabeça de Suruagy porque há seis meses não recebem seus salários, porque as escolas nem iniciaram o ano letivo, porque os hospitais e postos de saúde estão fechando, porque a mortalidade infantil aumenta. Porque o Estado implodiu. Estavam dispostos a tudo e sabiam que podiam arriscar. Pela primeira vez em 165 anos de vida, a Polícia Militar alagoana -- com as armas que massacraram os soldados de Solano López durante a Guerra do Paraguai, que caçaram Lampião e seu bando, que ajudaram a sufocar o levante paulista de 1932 -- tinha mudado de lado. Estava contra o governo. Na Praça Dom Pedro II, onde fica a Assembléia Legislativa, o cenário era de uma guerra civil. (Continue a leitura)
JULHO DE 1997

Alguns Artigos atuais  que ratificam o título da postagem: 

MAIO  DE 2011

Opinião: na era do secretário de Comunicação Rui França, os discursos do fim da tarde




O Significado: Tudo como dantes no quartel d’Abrantes
por Flávia Souto Maior(Abril)


A frase surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica.Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês. Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo. Lá instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.

O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o príncipe-regente dom João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido para o Brasil. Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao duque. A tranqüilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico. A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. Até hoje se usa a frase para indicar que nada mudou.

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