AUDIÊNCIA DA FENAM NA ANS


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) baixou uma resolução que obriga as operadoras de planos de saúde a ressarcir, integralmente, os usuários que pagarem consultas de especialidades em que as operadoras não tenham médicos credenciados. A informação foi dada, na última quinta-feira, pelo presidente da ANS, Maurício Ceschin, em audiência que concedeu ao presidente e ao vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Cid Carvalhaes e Wellington Galvão, respectivamente.

Durante a reunião, solicitada pela FENAM para discutir a contratualização de médicos pelas operadoras, o presidente da agência reguladora dos planos de saúde no Brasil disse concordar com as reivindicações que vêm sendo colocadas pela Federação, como a inserção na contratualização de artigos que regulamentem o credenciamento e descredenciamento de médicos pelas empresas e que definam o reajuste anual dos honorários.

O novo modelo de contratualização proposto pela FENAM contempla a classe médica e também beneficia os usuários, pois com melhor remuneração e regras justas de relacionamento entre empresas e profissionais a população poderá contar com mais médicos trabalhando para os planos de saúde. Nos últimos anos, muitos médicos deixaram de atender pacientes de planos de saúde por conta da baixa remuneração dos procedimentos.

Anualmente, os usuários são obrigados a pagar reajuste das mensalidades, mas nem sempre contam com os serviços contratados. Além de não ter médicos credenciados em todas as especialidades, os planos ainda impõem limitações à realização de consultas, exames, internações, tratamentos e procedimentos cirúrgicos diversos.

Na avaliação dos dirigentes da FENAM, o presidente da ANS mostrou que está disposto a promover um entendimento entre as entidades médicas e as operadoras. Por parte das empresas, também já se percebe disposição de negociar – efeito da paralisação nacional do dia 7 de abril, que mostrou aos dirigentes das operadoras de planos de saúde a capacidade de mobilização dos médicos. 
Fonte:SINMED

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