PLANTÃO NO CARNAVAL

A falta de estrutura de atendimento nas emergências públicas de Alagoas é motivo permanente de preocupação do Sinmed. Os médicos trabalham sem condições éticas para o exercício da medicina: faltam equipamentos, medicamentos, leitos, material de uso e pessoal de apoio. E faltam também médicos. Isso ocorre no Samu, Maternidade Santa Mônica, HGE e na UE do Agreste, mas o problema é ainda mais grave nos cinco ambulatórios 24 horas da periferia de Maceió. Nesses locais, além da sobrecarga de trabalho, os médicos ainda enfrentam a falta de segurança e são vítimas de agressões e ameaças. 

Neste carnaval, a expectativa é, mais uma vez, de muitos problemas nos serviços de urgência e emergência. Desde as últimas festas – Natal e Ano Novo – as condições de atendimento só têm piorado. O número de médicos também diminuiu, com o afastamento de prestadores de serviços. Mas, para a Sesau, parece que está tudo bem. 

O que a Secretaria tem divulgado é que os hospitais públicos estão preparados para receber qualquer emergência e que a população terá o Samu à disposição nos quatro cantos do Estado. Mas os foliões não devem confiar. O melhor é evitar situações de risco que possam resultar em agressões, acidentes ou qualquer problema que exija atendimento nas emergências públicas. 

Aos médicos que estão de plantão neste Carnaval, o Sinmed orienta que cumpram suas escalas e exijam da Sesau que sejam dadas condições de trabalho. Em casos de problemas no atendimento, acionem imediatamente o Cremal. Se necessário, chamem a polícia ou procurem a delegacia mais próxima e registrem boletim de ocorrência. 

Os médicos devem cumprir suas escalas, mas devem também se preservar. Se não houver segurança para garantir o trabalho, que a polícia seja imediatamente acionada. O Estado tem obrigação de oferecer condições éticas de trabalho e também segurança para garantir a integridade física de quem estiver trabalhando.

FONTE-SINMED