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A proletarização da profissão





A proletarização da profissão


O estado de Alagoas tornou-se palco de um cenário lamentável, onde o governo investe em um aparato de repressão com todo empenho; o mesmo empenho que tem faltado para alcançarmos a resolução de um impasse: cumprir ou não a lei que garante o direito à isonomia. Nós, professores/as, lutamos pelo cumprimento da lei que nos trará (quando for devidamente respeitada) alguma chance de vencer a proletarização que foi imposta à nossa categoria. Não se trata de rios de dinheiro, mas de justiça! Haja vista termos passado pela mesma peneira do vestibular pela qual passaram todos os profissionais qualificados de outras áreas. Também sofremos para comprar livros, cumprir com as obrigações das disciplinas e fechar os quatro anos da licenciatura com uma monografia, como os demais estudantes de outras áreas. A diferença entre nós, professores/as, e os outros profissionais de nível superior do estado de Alagoas, é que eles têm um salário nivelado pela formação acadêmica que possuem, e nós estamos passando por uma sequência de torturas psicológicas, porque o governo quer nos convencer a todo custo, mesmo ameaçando retirar (mais!) do nosso salário e nos demitir, que não merecemos sair (minimamente) da situação de crescente proletarização que nos está caracterizando nesse momento. Até parece que Teotônio Vilela está apostando na nossa miséria! Crendo que vamos voltar correndo para as salas de aula com medo da fome! E não entro no mérito de falar do cumprimento ou não da lei, pois para nós, professores/as do ensino público estadual, a expressão cumprir a lei não tem sido exemplo do executivo. E perguntamos: que livros lêem os representantes jurídicos do nosso Estado? Por qual razão não se manifestaram a favor dos trabalhadores ? Por que foram tão céleres em usar o aparato da ilegalidade para obrigar os profissionais voltarem vencidos de uma guerra caprichosa instaurada por um boêmio que nunca conheceu o labor de um dia de trabalho árduo, como se tornou o nosso, ao arcar com as conseqüências nefastas de tantas más gestões públicas, em forma de superlotação das salas de aula, violência urbana, falta de material adequado para o trabalho escolar, estruturas sofríveis etc.? Não estamos querendo a cadeira do governador, nem seus copos cheios de bebida ou sua herança do açúcar; nossa luta é pelo direito de trabalhar com prazer, por nos sabermos capazes de honrar um salário digno. Queremos isonomia, porque queremos a partir da renovação da nossa auto-identidade profissional, aplicar no ensino esse gosto pelo conhecimento, essa força que faz de nós condutores de bons pensamentos, para engendrar uma sociedade saudável. Que a sociedade possa julgar a ilegalidade das ações do governador com veemência !


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1Comentários
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  1. Mário Toledo,respeito sua "opinião" porém não concordo com você,principalmente quando a sua crítica vem movida a rancor,tão bem explícita em sua frase:

    " na pura e simples negação da realidade, na mania de brigar com os fatos, recorrendo a toda hora ao discurso do vitimismo".

    Mário Toledo ,negar a realidade é viver em utopia e inverdades , algo que eu não visualizo na vida da professora Ana.

    Vítima ela foi,e continua sendo em decorrência do sistema falido que hoje você tanto defende.

    Recentemente se você desconhece, a professora perdeu um filho assassinado barbaramente.Na minha concepção ela foi: ferida, violentada, torturada, assassinada e executada quando perdeu o seu bem mais precioso ,que é um filho!Então Mário Toledo ,ela não atua como vítima,ela é a própria vítima!

    Mário Toledo,para finalizar, discorde sempre que necessário,porém nunca faça uma reflexão movida para o lado pessoal! Quer saber a minha opinião?Não tolero tais condutas!

    Discordar das idéias,isso sim Mário Toledo,é uma excelente luta!
    Abraços,
    Mário Augusto

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