-->

{ads}

Violência ainda faz barulho, por nada


Violência ainda faz barulho, por nada
Texto Original no antigo Blog do Odilon Rios Al24h
05h00, 10 de janeiro de 2011

Manchete principal de O Globo, deste domingo, volta a colocar a violência de Alagoas em destaque nacional. Em todo o País- diz o ouvidor nacional de Direitos Humanos Fermino Fecchio Filho- grupos de extermínio especializados em eliminar homossexuais, negros ou moradores da periferia são comandados por policiais ou seguranças terceirizados por comerciantes para a “limpeza social”.

No destaque da matéria, os assassinatos de moradores de rua em Alagoas e as palavras de dois representantes da área de direitos humanos de Alagoas: o promotor Flávio Gomes e o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Everaldo Patriota.

Ambos dizem que somente a pressão tanto do Ministério Público Estadual quanto da Polícia Civil, além da imprensa, fez os crimes recuarem. Além da prisão dos envolvidos, apesar de cobrarem respostas sobre atuação- ou não- de grupos de extermínio no Estado, no caso dos moradores de rua. Muito menos do envolvimento de policiais.

As denúncias da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e a citação das bandas podres das polícias civil e militar em ações de execução devem pautar as discussões locais.

O quê o Conselho Estadual de Segurança faria se soubesse que o trabalho das corregedorias das polícias alagoanas não surte efeito, não ajudou a separar polícia e mundo do crime, a parte qualificada e o braço armado de comerciantes ou parlamentares, dentro das corporações dos civis e militares?

Onde a atuação do Ministério Público Estadual para agentes públicos citados por tortura- blindados pelas corregedorias, como os delegados- ou policiais militares repassando informações privilegiadas para organizações criminosas comandadas por deputados estaduais, como apurou a Operação Taturana, da Polícia Federal?

E o Tribunal de Justiça? Como os juizes mudam a mentalidade de municípios arrasados pela prostituição infantil, com pousadas e hoteis servindo para lavar dinheiro do tráfico, irrigados por moças de 12 anos, como se percebe em Matriz de Camaragibe?

E as palavras da Secretaria da Paz e Direitos Humanos em Maceió diante da assombrosa estatística de crimes sem solução, todos os finais de semana, com autores desconhecidos e a estranha ligação entre eles e o tráfico de drogas?

Mais que a entrega de medalhas entre instituições, a violência deve envolver a sociedade civil local, a participação da Universidade Federal de Alagoas e faculdades privadas em busca de explicações científicas, ao mesmo tempo com a extração de modelos alienígenas. Aqueles que fazem muito barulho por nada.

Paz em meio a guerra?

O secretário da Paz, Jardel Aderico, foi convencido a não divulgar, através da Secretaria de Comunicação, relatório mostrando números positivos da pasta. Gastaria mais de R$ 100 mil em mídia para convencer que as ações do Estado no combate a violência e o tráfico estão sob controle.


Hoje faz 50 dias do assassinato de José Alexystaine Laurindo ,filho do jornalista @ e da Socióloga @anaclaurindo  e os desqualificadores fingem que o crime não existiu CLIQUE

Leia outros artigos :

Postar um comentário

0Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.
 Postagens Relacionadas