“Quem caminha com a imensa maioria do povo jamais estará sozinho” Falar deste casal é simplesmente falar de sonhos, utopias e muita luta: Capi e Janete, “o casal da esperança”. Gostaria de prestar minha solidariedade há este casal que vive um momento de grande injustiça. Fico me perguntando: “Meu Deus, porque tanta injustiça?”, duas pessoas que tiveram suas vidas dedicadas a luta do povo, que lutaram contra a crueldade, que ousaram e que venceram. Pessoas que foram perseguidos pela ditadura sangrenta, e gritavam por democracia, e depois dela conquistada, são também perseguidos por ela. Isso é um ato de crueldade sem tamanho. Lendo o livro, “Amapá, um norte para o Brasil” (que recomendo a leitura), organizado por Nilson Moulin, encontramos um belo e rico dialogo com João Alberto Rodrigues Capiberibe, que eu ousadamente chamo: “velho guerreiro”. O livro fala de vários episódios da vida do nosso Capi, da luta vivida pelo casal na época da ditadura, de suas prisões e fugas. Mais tem uma parte do livro, que para mim é uma das mais emocionantes, é quando João e Janete junto com a primeira filha (Artionka), na Bolívia em um determinado momento, depois de terem perdido tudo, mala, roupas, depois de terem os três passado por um buraco (tipo túnel), que dava na casa de uma determinada mulher, sem terem sem saber para onde ir foram para uma praça, e sem dinheiro a pequena Artionka, começou a chorar com fome. Diante disso, Capi saiu pedindo leite nas casas para alimentar a filha. E a guerreira Janete sempre lá, do lado, sem arredar um milímetro se quer. Todos nós aqui do Amapá sabemos o que representam Capi a Janete. Suas lutas e objetivos de passar a política a limpo com transparência. Tenho certeza que também a maioria do povo Brasileiro sabe. Minha total solidariedade ao “Casal da Esperança”, que sempre se mantiveram fiéis ao povo, dando o seu melhor. Capi e Janete nunca poderão ser substituídos, e sim copiados, porque as coisas boas servem para se copiar. Que o velho Capi, como o maior amapaense de todos os tempos (Como é considerado), como ícone da esquerda brasileira e Janete, como a mãe querida do Amapá e amiga da floresta, possam continuar sendo nossas maiores referências do nosso querido Amapá. Um beijo ao companheiro Capi e para companheira Janete. Que a justiça do Brasil conserte esse grande erro, garantindo seus mandatos que foram dados pelo povo do Amapá. Que a impunidade não prevaleça, que a impunidade não nos enforque, que a impunidade possa ser vencida pela esperança que nunca pode morrer. Meu sincero carinho e respeito a João Capiberibe e Janete Capiberibe. Fé em Deus e nas lutas do nosso povo, sempre!
Josivan Bracho – Professor, Acadêmico de Licenciatura em Educação do Campo (UNIFAP), fundador e Presidente do PSOL em Laranjal do Jari.
Bela explanação, eu e minha esposa Michelle Sá,sentimos uma grande injustiça contra o casal Capiberibe, com certeza arquiteta pela Turma do "bigode"
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